A Univates esteve presente, na quinta-feira, 28, na Câmara Municipal de Porto Alegre, em um debate que reuniu especialistas, representantes do poder público, entidades de classe e organizações sociais para discutir os impactos das enchentes históricas de 2024 e buscar soluções para o futuro. O encontro, intitulado “Navegar é preciso: nossos rios em debate”, foi proposto pela vereadora Comandante Nádia e ocorreu no Plenário Otávio Rocha.

A programação foi organizada em diferentes painéis, ao longo de todo o dia, contemplando questões como o contexto das bacias que deságuam na Lagoa dos Patos, entraves ambientais para o combate às enchentes, relatos das tragédias vividas em 2024, além de estudos, impactos econômicos e sociais relacionados ao desassoreamento e à navegabilidade dos rios.

No primeiro painel, que discutiu o papel das universidades e da ciência para compreender e propor soluções, a Univates contribuiu trazendo sua experiência em pesquisas interdisciplinares na Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, uma das mais atingidas pelas enchentes do último ano. Elisete de Freitas, professora da Instituição, afirma que em eventos climáticos extremos, como a enchente de 2024, o curso d’água ganha força enquanto percorre a bacia do Taquari, podendo causar grande destruição. “A água vai descendo o Rio Forqueta, o Rio Carreiro e o Rio das Antas e ganhando força até chegar no Rio Taquari e mostrar seu poder destrutivo. A bacia é muito ampla e converge num só rio.”

Além da Univates, também participaram a UFRGS/IPH, a Feevale e a PUCRS, juntamente com a Marinha do Brasil e engenheiros especialistas, reforçando a importância da cooperação científica e técnica para enfrentar os desafios regionais.

Segundo a vereadora Comandante Nádia, “a sociedade precisa e quer pautar soluções imediatas para que tragédias como as de 2024 não se repitam. É importante reconhecer nossa bacia hidrográfica como um potencial socioeconômico regional, tomando medidas para garantir a navegabilidade dos rios, permitindo atividades sociais e geração de empregos”.

O encontro encerrou-se com a leitura da “Carta aos nossos rios”, documento simbólico que reúne os principais encaminhamentos debatidos ao longo do dia.